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segunda-feira, 15 de julho de 2019

HINDUÍSMO, 3° MAIOR RELIGIÃO DO MUNDO EM NÚMERO DE SEGUIDORES

ORIGEM: Com cerca de 1 bilhão de seguidores atualmente, o Hinduísmo - pra ser mais correto, Bramanismo - é a terceira maior religião do mundo só perdendo para o Cristianismo e o Islamismo. Diferentemente destas, porém, que são religiões universais, o Bramanismo se concentra basicamente na Índia, com uma minoria ainda em países como Sri Lanka, Bangladesh e Paquistão. Possivelmente o Hinduísmo é a religião subsistente antes e depois da era cristã mais antiga do mundo, haja vista sua principal escritura, os Vedas, ter sido composta a partir de 1.300 a.C., segundo alguns historiadores. Entretanto, definir uma data para o início das práticas hinduístas é uma tarefa extremamente difícil. Muito provavelmente as crenças e práticas dessa religião têm a sua origem na Babilônia, onde todos os sistemas religiosos humanos tiveram o seu berço.
FUNDADOR: não possui um fundador histórico. Na verdade, não se tem conhecimento de quem ou quais personagens teriam iniciado suas principais práticas.
O QUE É EXATAMENTE? O Bramanismo é mais que simplesmente um sistema religioso, é toda uma cultura extremamente antiga e profundamente arraigada à vida de todos os indianos, em qualquer época. Alguém já definiu-o como uma selva de luxuriante vegetação na qual perde-se em plena luz do dia. O Bramanismo subdivide-se em milhares de seitas chamadas SAMPRADAIAS cuja subsistência não obedece a um padrão formal universal e único. Apesar de possuir gurus, mestres, suamis e sadus, não possui hierarquia sacerdotal nem teologia definida. Vasto e complexo para a nossa mentalidade ocidental, o Hinduísmo caracteriza-se por uma série de "não tem".
ESCRITURAS SAGRADAS: Os VEDAS, uma coletânea de orações e hinos conhecidos como Rig-Veda; Sama-Veda; Iajur-Veda e Atarva-Veda. Há ainda os Brâmanas, os quais tratam da realização dos rituais e sacrifícios, tanto domésticos como públicos. Já os UPANICHADES, também conhecidos como VEDANTAS, contêm a razão de ser de todo o pensamento e ação, segundo a filosofia hindu. É neles que se encontram doutrinas fundamentais como a samsara (transmigração da alma) e do carma (a lei de causa e efeito de uma existência anterior na vida presente). Somam-se ainda à sua biblioteca sacra os Puranas, longas histórias alegóricas contendo muitos dos mitos hindus, e as famosas epopeias mundialmente conhecidas de RAMAIANA e MAA-BARATA.
AS DEIDADES HINDUS: Embora certas enciclopédias afirmem ser o Hinduísmo uma religião politeísta em vista de seus 330 milhões de deuses, aproximadamente, autoridades hindus rejeitam esse rótulo afirmando que a mesma é monoteísta. Isto se dá pelo fato do Hinduísmo crer numa espécie de fonte, essência ou alma suprema e universal, chamada BRÂMANE. Este ente impessoal e abstrato seria o criador do universo e o próprio universo (panteísmo). De Brâmane derivariam todos os três membros da trindade hindu, a TRIMÚRTI, formada por Brama, o Criador, VISHENU, o preservador, e SHIVA, o destruidor. Todos os outros milhões de deuses são considerados como manifestações desse ser único. As atividades desses deuses é cíclica, pois a cosmovisão hindu é um ciclo de criação e recriação. Brama cria o mundo e depois dormirá no oceano primordial. Durante seu sono de mais 4 bilhões e 300 milhões de anos, Shiva destrói a criação. É quando Brama desperta novamente surgindo montado numa flor de lótus a qual brota do umbigo de Vishnu e recria o mundo. O panteão hindu completa-se com as consortes dos três deuses da Trimúrti, suas emanações, manifestações e avatares. Brama é casado com Sarasváti. A esposa de Vixenu é Lacximi e a primeira esposa de Shiva foi Sati, a qual suicidou-se. Shiva agora tem outra esposa, conhecida por vários nomes e títulos. Em sua forma benigna, ela é Parvati e Uma, bem como Gauri, a dourada. Já em sua forma terrificante (maligna), ela é Durga ou Cali. Vixenu aparece sob dez avatares ou encarnações, incluindo Rama, Críxena e o Buda. Há outros deuses como Ganesa, o deus-elefante; Gangá, uma das esposas de Shiva e personificação do rio Ganges; Hanumã,o deus-macaco; Manasa, deusa das cobras; Nandi,o touro que conduz Shiva; Puruxa, uma espécie de homem cósmico e Rada, consorte de Críxena, entre outros.
O CONCEITO DE PECADO NO HINDUÍSMO: Não há um conceito de pecado original como no Cristianismo. Há a premissa de que as más ações de uma vida passada se refletem na vida atual (carma). Por conseguinte, não há nenhuma ofensa moral a um deus, mas sim o pecado, por assim dizer, do homem contra si mesmo o que delibera o seu destino numa próxima encarnação. A lei do carma foi incorporada por Allan Kardec na forma de espiritismo que ele codificou.
O CICLO DE REENCARNAÇÕES: Assim sendo, a ética hindu admoesta à prática de boas obras, como o conceito do AINSA, a não violência pela qual Mahatma Gandhi se celebrizou. O AINSA é a base para o vegetarianismo hindu e o respeito pelos animais, já que acredita-se que o homem pode até mesmo reencarnar num animal ou inseto. É a isto que se chama SAMSARA, a transmigração de uma alma em um ser inferior.
MOCSA OU NIRVANA: Seria então a libertação do ciclo de reencarnações, na qual o indivíduo alcançaria um nível tal de iluminação que seria absorvido pela alma universal, ou Brâmane. Sendo assim, o indiano não busca nem possui qualquer ideia de salvação da alma. Ele busca atingir o Nirvana.
O RIO GANGES: é considerado sagrado, pois segundo a mitologia hindu, o rio se origina da deusa Gangá. Trata-se de um rio altamente poluído por esgotos e cadáveres que são muitas vezes jogados como forma de purificar a alma que partiu. É incentivado ao hindu que se banhe pelo menos uma vez na vida nas águas do rio. Muitos levam os corpos de seus entes queridos para serem cremados em piras funerárias às suas margens. Os mais pobres, como não têm recurso para tal, simplesmente jogam o corpo no rio na esperança de encontrar para ele libertação e purificação, como falamos.
A DIVISÃO EM CASTAS: Apesar de ser atualmente proibida pelo Estado, o fato é que essa crença está entranhada nos costumes hindus. Ela origina-se dos mitos contidos no Rig-Veda o qual fala da divisão do corpo do Puruxa. Os brâmanes sacerdotais, a classe mais elevada viria de sua boca; a classe governante (xátria ou rajânia) viria dos seus braços; a classe mercadora e lavradora,chamada vaixá, teria vindo de suas coxas;a sudra, uma casta inferior, proveio dos seus pés. Há ainda os párias ou intocáveis, os quais vieram existir um tempo depois. Na verdade, essas castas são tanto sociais quanto raciais, pois quanto mais elevada a casta, há pessoas de pele mais clara, e quanto mais baixa, as pessoas são de pele mais escura.
Assim, vemos que espiritualmente o Bramanismo nada tem a oferecer de verdade a seus seguidores. Trata-se de mais uma religião aprofundada nas formas mais grotescas de idolatria e cegueira espiritual. Os indianos precisam assim conhecer a Pessoa sacrossanta de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, mas situam-se na famosa "janela10/40", uma das porções do mundo menos evangelizada e de mais difícil penetração de obras missionárias cristãs. Oremos por esse povo tão miseravelmente carente de salvação.
OBS1: O ato de cremar cadáveres é, pois uma cerimônia pagã que muitos pseudoscristãos praticam no Ocidente por ter sido adotado por estrelas de Hollyood. Tornou-se assim "fashion".
OBS2: "MANTRAS" são rezas que fazem uso de palavras ou termos que são repetidos como forma de adoração. Uma delas inclui 108 diferentes nomes para o Ganges ao qual eles chamam de "Gangá Má" (Mãe Gangá).
OBS3: O sistema de castas em associação com o ensino do carma leva os indianos ao fatalismo fazendo com que milhões de pessoas aceitem passivamente a miséria, o que seria merecimento por más ações numa vida passada.

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