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segunda-feira, 9 de setembro de 2019

ALIMENTAÇÃO KOSHER

A alimentação Kosher, também conhecida como Kasher, é a alimentação que segue as regras descritas no Torá - o livro sagrado dos judeus - e que é adotada pela comunidade judaica ainda hoje. A palavra, traduzida para o português, significa "adequado" ou "bom", ou seja, tudo aquilo que é adequado para o consumo por judeus. As regras foram criadas em busca de uma alimentação mais pura e que nutra o corpo e a alma. Carnes, derivados do leite e vegetais estão incluídos nesse dieta mas, para ser considerado Kosher, o alimento precisa respeitar uma série de regras rígidas durante a produção e o preparo, além de ser fiscalizado por um órgão especializado. Confira as regras da alimentação Kosher e quais alimentos são liberados. Afinal, quais alimentos são considerados Kosher? A alimentação Kosher não é vegetariana, mas o consumo de carne deve seguir uma série de regras tanto na produção quanto no preparo dos pratos. Além disso, a carne não pode ser misturada em nenhum momento com leite e derivados, nem durante o armazenamento. Para ser permitida nessa dieta, a carne deve ser oriunda de um animal ruminante, por isso, coelhos e porcos não estão incluídos. Aves como frango, peru, ganso e pato também são aceitas, mas as de rapina - ou seja, que se alimentam de outros animais - não são permitidas. Já os peixes, são permitidos apenas os que possuem escamas e barbatanas, enquanto crustáceos e moluscos são vetados desse tipo de alimentação. Além disso, o animal não pode sofrer ao morrer e o seu sangue não pode ser consumido, então é necessário lavar bem a carne antes de prepará-la. Já para o consumo de leite, é preciso que um rabino acompanhe o processo da ordenha para conferir a procedência do animal e garantir que não haja contaminação do produto. Na fabricação dos derivados é necessário fiscalizar se não existe contaminação e nem uso de utensílios que também foram usados na produção da carne. Os alimentos que têm o consumo sem restrições são chamados de parve e são todos aqueles que crescem na terra, como frutas, vegetais e cereais. Os ovos também são considerados parve e podem ser consumidos com carnes e laticínios, mas é preciso garantir que não haja sangue na casca, ou o ovo deve ser descartado. A única restrição é para os derivados de uvas - como o vinho - que precisa ter sua produção acompanhada por um rabino para ser permitido. Por que pessoas que não são judias têm adotado dietas Kosher? Recentemente, muitas pessoas que não são da comunidade judaica têm adotado uma alimentação Kosher, especialmente vegetarianos e veganos. Muitos fazem essa opção para garantir que os alimentos que consomem não estão contaminados com carnes ou outros produtos de origem animal. Outros adotam essa dieta em busca de uma alimentação mais saudável, já que assim é possível saber a procedência da comida - já que as rígidas vistorias dos órgãos Kosher são uma garantia a mais da qualidade do alimento. Os alimentos certificados também são menos suscetíveis a contaminações e contém menos agrotóxicos e conservantes.

SEMITA

Semita é o termo que designa um conjunto linguístico composto por vários povos. A origem da palavra Semita está na Bíblia, mais precisamente no livro do Gênesis quando se trata da história de Noé. Nas escrituras judaicas, um dos filhos de Noé era chamado Sem, o que é uma versão grega para o nome hebraico Shem. A derivação do nome de tal filho de Noé, Semita, passou a identificar um conjunto de povos que possuem traços culturais comuns. Os Semitas tiveram origem no Oriente Médio, onde ocuparam vastas regiões indo do Mar Vermelho até o planalto iraniano. São povos típicos de ambientes com clima seco, o que os caracteriza pelas práticas do pastoreio e do nomadismo. Esses antigos povos identificados pela fala semítica envolvem os arameus, assírios, babilônios, sírios, hebreus, fenícios e caldeus. O passar do tempo apresentou diversos desafios aos povos semitas, que precisaram migrar em busca de melhores condições ou de sobrevivência. A grande expansão semita no mundo se deu através dos povos árabes em consequência da criação do Islamismo, datando do século VII. O reverenciado profeta muçulmano Maomé conseguiu unir diversas linhagens dos povos árabes em forma pacífica sob os dogmas da religião Islâmica. Com a nova configuração apresentada, esses fiéis se lançaram em conquista de um novo mundo, conquistando regiões da Espanha até o Oceano Pacífico. Todavia o poderio desses povos que marcou um extenso império acabou se subdividindo em diversos estados em razão de conflitos, sobretudo, com cristãos e turcos. Os árabes, em várias ocasiões, acabaram submetidos a outros poderes. Os Semitas estão intimamente ligados com a origem das três grandes religiões monoteístas no mundo: o Cristianismo, o Judaísmo e o Islamismo. A religião judaica nasceu entre os povos hebreus, no Mediterrâneo, durante os conflitos entre cananeus e moabitas. Os judeus também se espalharam pelo mundo muito em razão da invasão dos povos romanos no século I da era cristã. Essa grande dispersão que se deu é reconhecida como a Diáspora Judaica, que resultou na formação de grupos de judeus pelo mundo e no estabelecimento de novos contatos culturais. Assim sendo, as características originais mantiveram-se mais forte apenas entre os grupos que permaneceram no continente asiático. Além das migrações promovidas pelos islâmicos e pelos judeus, diversas outras também ocorreram entre os povos semitas. Tornou-se impossível falar de um grupo étnico homogêneo, pois a grande movimentação incorreu no encontro entre diversas culturas que originou novas características, como é o caso do grande número de línguas que passaram a compor a família semítica. Os povos árabes e os hebreus são os que mais se destacam dentro da linhagem Semita, mas, como já dito, diversos outros comungam de uma mesma origem. Esses vários povos passaram por diversos conflitos especialmente com povos de origem européia no decorrer do tempo. O século XIX marcou uma nova fase de expansão colonialista dos europeus, que buscavam fontes de matérias-primas para seus produtos industrializados e zonas de influência que pudessem garantir o consumo de suas produções. Essa ambição marcou-se, sobretudo, com conflitos entre culturas diferenciadas, nos quais os Semitas estavam diretamente envolvidos. O século XX também foi marcado por muitos conflitos com os povos de origem Semitas, mas também entre eles mesmos, como é o caso dos embates entre árabes e hebreus. A criação do Estado de Israel, após a Segunda Guerra Mundial, gerou um clima de muita instabilidade e confrontos na região do Oriente Médio. O muito popularmente difundido termo anti-semita é utilizado em muitas ocasiões como sinônimo de condutas ou posturas contra os judeus. Mas, é importante frisar, que, no rigor do termo, denota comportamentos de oposição aos povos remanescentes da origem semítica. Arquivado em: História

ESCRITA CUNEIFORME

A escrita cuneiforme foi criada pelos sumérios, e sua definição pode ser dada como uma escrita que é produzida com o auxilio de objetos em formato de cunha. A escrita cuneiforme é uma das mais antigas do mundo, apareceu mais ou menos na mesma época dos hieróglifos, foi criada por volta de 3.500 a.C. No começo a escrita era meio enigmática, mas com o passar do tempo foram se tornando mais simples. Escrita cuneiforme, de origem Suméria, encontrada no Iraque. Foto: Fedor Selivanov / Shutterstock.com Escrita cuneiforme, de origem Suméria, encontrada no Iraque. Foto: Fedor Selivanov / Shutterstock.com Os sumérios utilizavam a argila para escrever, e quando queria que seus registros fossem permanentes, as tabuletas cuneiformes eram colocadas em um forno, ou poderiam ser reaproveitadas quando seus registros não fossem tão importantes que precisariam ser lembrados sempre. A escrita cuneiforme foi uma forma de se expressar muito difícil de ser decifrada, pois possuía mais de 2000 sinais e seu uso era de uma dificuldade enorme. O seu principal uso foi na contabilidade e na administração, pois facilitavam no registro de bens, marcas de propriedade, cálculos e transações comerciais. Com o passar do tempo à escrita cuneiforme foi se popularizando e acabou sendo adotada por outros povos, sendo assim houve uma época em que todos os estados da Mesopotâmia utilizavam este tipo de escrita para se comunicar, trabalhar e até mesmo gravar seus pensamentos. No decorrer do tempo, para que houvesse maior compreensão da escrita, ela sofreu transformações importantes, a escrita cuneiforme assíria se transformou e se tornou diferente da escrita dos babilônicos. Os habitantes da mesopotâmia (utilizadores da escrita cuneiforme) teve uma característica muito interessante na questão da escrita, foi um dos povos que utilizaram e deixaram registrados mais documentos contendo este tipo de sinais. A escrita sempre desempenhou um dos papéis mais importantes na vida desses povos, só que por ela ser muito enigmática e de difícil compreensão eram poucas pessoas que tinham o conhecimento dela. Somente no século XX foram encontrados documentos que esclareciam em partes a complexidade de entendimento desta escrita, sua tradução foi uma tarefa muito árdua. Para conseguir decifrar os documentos encontrados, eram necessários que os estudiosos dominassem outras línguas como o Hebreu e o Árabe, para que possa encontrar dentro do vocabulário dessas duas línguas alguma semelhança que leve a tradução da escrita cuneiforme. Era quase que impossível se estudar a escrita cuneiforme sem conhecer a cultura e quase toda a história das civilizações que as utilizavam, e a cada nova descoberta na escrita cuneiforme era uma parte da História desses povos desvendada. Arquivado em: Civilizações Antigas, Curiosidades

Cânon Muratori

  O Cânon de Muratori é o documento mais antigo que se tem a respeito do cânon bíblico do Novo Testamento, por ter sido escrito por volta do...