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terça-feira, 11 de junho de 2019

A estreita faixa de terra que vai de Ur, no sul da Caldeia, até as proximidades do Nilo, foi denominada sugestivamente de Fértil
Crescente.
Em algum ponto desse imenso Jardim do Senhor, a humanidade teve seu berço, antes e depois do dilúvio.
Civilizações importantes, como a suméria, a acádia e a aramita, aí nasceram e daí saíram levando progresso para outras partes da terra. Tigre-Eufrates, no Oriente, e Nilo, no Ocidente, ligavam-se por estradas reais, que saíam de
Ur, passavam por Harã, Alepo, Damasco, Jerusalém e alcançavam o Egito.
Na sua longa peregrinação, o patriarca Abraão cobriu esse trajeto e chegou ao Nilo.
Caldeia e Assíria se tornariam potências mundiais, bem como o Egito.
Muitas vezes, essas nações pelejaram pelo domínio universal.
Canaã estava no centro entre Mesopotâmia e Nilo.
Passagem compulsória tanto para assírios e caldeus quanto para egípcios, Canaã se tornou o centro do Fértil Crescente, terra disputada pelas potências do mundo antigo.
Por isso, o Antigo Testamento registra muitas vezes Israel ameaçado pelos assírios e caldeus, recorrendo ao poderio militar do Egito e vice-versa.
Quando Nabopalassar, auxiliado por Ciaxiares, rei dos persas, destruiu Nínive e sepultou o grande Império Assírio, lançou as bases do Império Caldeu, com capital em Babilônia. Todas essas potências perseguiram Israel e atacaram o Egito, que revidou.
Judá tentou, mas não se livrou do poder dos gregos.
Os romanos subjugaram Israel e destruíram Jerusalém em 70 d.C. O Estado judaico só
foi restaurado em 1948.
Desde que o judeu se implantou na Palestina, nos meados do século XX, o mundo todo passou a se interessar pelo Oriente Médio.
Até os árabes, esquecidos por séculos, passaram a ocupar lugar proeminente
entre as nações.
Os árabes se impõem pelo petrodólar; os judeus, pelo valor espiritual.
Israel retornou à terra que Deus deu a Abraão e à sua descendência em possessão perpétua, conduzido pelo braço do Senhor, porque lhe está reservado, por profecias, papel importante nos acontecimentos que precederão o arrebatamento da igreja, a grande tribulação, a volta de Jesus e o milênio. Israel, mais uma vez, ocupando o centro das atenções
da terra e de Jerusalém, é a “coroa de todas as terras”.
Em termos longitudinais, os países principais do mundo bíblico ficaram bem dentro dos arcos que representam 55º leste e 5º a Oeste, umterritório que se estende do Planalto Pérsico ao Estreito de Gibraltar.
Correspondentemente, essa área geográfica caía dentro da Latitude Norte entre 20º e 45º. Em termos continentais, os pontos distantes do painel bíblico são limitados pelo Norte da África, Ásia Ocidental e Europa Meridional.
O horizonte do mundo Antigo Testamentário está marcado pelo Ponto Euxino, mar Cáspio, golfo Pérsico e mar Vermelho, tendo como coração do Território, o Litoral do Mediterrâneo.
O mundo do Novo Testamento inclui as regiões do Oriente Médio, mais Macedônia, Grécia, Itália, Egito, Ásia Proconsular, Palestina e Síria.
Sete rios marcaram o curso de acontecimentos no Antigo Testamento: Nilo, Jordão, Leontes, Orontes, Abana, Tigre e Eufrates; enquanto no
Novo Testamento apenas três: Jordão, Orontes e Tigre.
De toda essa vastidão geográfica, os grandes movimentos marcaram o curso da história.
As caravanas de mercadores que passavam para trocar produtos animais ou agrícolas, e não raro humanos, inevitavelmente tocavam em Canaã.
Os exércitos ferozes com bandeiras a tremular
alcançavam Canaã quando iam e quando voltavam.
Viajantes de todas as direções da terra demandavam Jerusalém suspirada.
Tribos nômades se movimentavam no Fértil Crescente e tocavam Canaã. Invasores, de perto e de longe, muitas vezes se apoderaram da terra “onde dá leite e mel”.
O solo de Canaã muitas vezes foi umedecido com o sangue dos que tombaram no campo de batalha.
A terra abençoada de Israel, com frequência, foi assolada por seca e outras vezes por chuvas torrenciais.
O sol doirou as paisagens de Israel dando encanto e vida aos montes e aos vales, e até mesmo aos desertos.
O céu azul ou nublado, nuvens de frio ou
de chuvas passaram sobre os céus de Israel. Os ventos nortes e frios, e os do Sul e quentes, a agressividade abrasadora do clima, as colheitas abundantes ou minguadas e todo um complexo de bênçãos do Altíssimo deram à Canaã um encanto, uma importância e um relevo especial.
Deus escolheu uma nação tão pequena e desprezível para ser o palco dos acontecimentos mais assinalados da história. Na pequenina terra de Israel, o Todo-poderoso escolheu Belém da Judeia, a minúscula cidade, a mais apagada, para acender nela, com o nascimento de Jesus, uma luz para brilhar e atirar seus reios em todas as direções da Terra.

🌷Estudar a geografia da Bíblia significa…
 • Viver as páginas já vivas do Livro Santo.
 • Entrar em comunhão com o Éden de Deus, com seus rios Tigre e
Eufrates, Giom e Pisom.
 • Acompanhar o desenrolar do dilúvio, quando Deus derramou juízo do
céu sobre uma humanidade rebelde e desobediente.
 • Imitar Sem, Cam e Jafé no repovoamento da Terra.
 • Acompanhar de perto a linha semítica de Terá, Abraão e toda a família
do primeiro filho de Noé.
 • Estar com as sete nações cananeias.
 • Assistir ao surto de progresso que viveu o Egito.
 • Sofrer com os descendentes de Jacó na terra de Cam.
 • Levantar-se com Moisés, retirando Israel do cativeiro egípcio e
acompanhá-lo na milagrosa passagem do mar Vermelho, depois da
peregrinação do penoso deserto, na entrada e posse de Canaã.
 • Lutar ao lado dos juízes, mensageiros de Deus.
 • Estar com Saul e com Davi, com Salomão e Roboão e todos os reis de
Judá e de Israel.
 • Arrastar-se com o povo de Deus caminhando para o cativeiro na Assíria
e na Babilônia.
 • Voltar com Esdras, Neemias e Zorobabel para a reconstrução de
Jerusalém.
 • Viver com João Batista no deserto e com o Senhor Jesus nas poentas
estradas da Palestina, ao longo das praias do mar de Galileia, nos desertos
e nos montes, no Getsêmani e no Calvário, no sepulcro de Arimateia, na
ascensão do Olival.
 • Participar do poderoso Pentecostes.
 • Sofrer com os apóstolos que deram testemunho da ressurreição do
Senhor, nas prisões, nos açoites, no martírio.
 • Assistir à dispersão dos servos de Jesus, que começou com a perseguição
de Paulo.
 • Ver surgir a poderosa igreja de Antioquia da Síria.
 • Entrar na companhia de Paulo para desfraldar o glorioso pavilhão de
Cristo em dois continentes e depois permanecer com ele dois anos no
cárcere em Cesareia, acompanhá-lo até Roma e depois assistir ao seu
martírio e ao de centenas de outros soldados da cruz.
• Por último, assistir ao crepúsculo de tudo com João em Patmos,
aguardando o raiar glorioso do dia em que Jesus será chamado Rei dos
reis e Senhor dos senhores.
Com olhar voltado paralinha de gloriosas realidades, levantemos os
olhos e, por instantes, contemplemos a Mesopotâmia com seu Tigre e
Eufrates, a Síria, a Fenícia, o Egito, o famoso Império Heteu e toda uma
vasta gama de civilizações gloriosas, que dormem hoje em alguns
escombros de escavações arqueológicas, ou nos museus escuros e frios.

A nação  de Israel sobreviveu e, está viva, graças ao Deus Todo Poderoso.

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