Translate

terça-feira, 11 de junho de 2019

A inerrância Bíblica

Na minha concepção referente a autoridade bíblica, creio e sou dogmático, que a literatura sagrada não contêm erros.
Na defesa da fé cristã devemos sempre exigir a confiabilidade dos textos sagrados(Atos.17:11).
As supostas imprecisões que enunciam alguns irmãos (as), no que se refere a nomes, números, genealogias e cronologias; são de menor importância e não merecem maior consideração.
Muitos limitam aquilo em que crê, e ensina ás fronteiras da probabilidade histórica; já que nada no universo, seria mais improvável do que Deus tornar-se homem por meio do nascimento virginal.
É logico que devemos analisa as questões escriturísticas de acordo com a intenção original do autor.
O apostolo Paulo defendia a inspiração das escrituras (2Tm 3.16).
Evidentemente que nesse primeiro momento, Paulo, não está se referindo ao cânon, nem poderia, já que, ainda não existia o Novo Testamento, mas se refere a origem e natureza das Escrituras.
Quando refiro-me aos textos originais, naturalmente estou falando dos manuscritos em hebraico, aramaico e grego.
Logicamente não podemos advogar, semelhante posição relativamente ás copias das copias, que só mas tarde se fizeram desses manuscritos pelos chamados copistas.
As discrepâncias que muitos falam, contudo, não há prova alguma de que tal discrepância conste nos manuscritos originais.
Alguns erros aparecem nas copias das copias, provavelmente por causa da dificuldade de leitura dos copistas do vorlage ( manuscrito antigo que serve de referência para novas transcrições), muitas vezes puído ou manchado.
Também, vale observar que a literatura bíblica apresenta figuras literárias, como hipérbole e parábolas, ambas de índole ficcional.
Falando sobre o tema da figura de linguagem o livro de Jó é muito comentado em sermões, e dito muitas vezes, por alguns pregadores que o referido livro contém erro textual.
Citam, o famoso versículo; o diálogo da mulher de Jó com ele.
Na verdade, não dão a mínima explicação lógica do que seria erro, dentro da sua concepção.
O diálogo em questão diz o seguinte: Então sua mulher lhe disse:
Ainda reténs a tua integridade? Amaldiçoa a Deus, e morre.
Mas ele lhe disse: Como fala qualquer doida, assim falas tu; receberemos de Deus o bem, e não receberemos o mal?
Em tudo isso não pecou Jó com os seus lábios (Jó:2:9-10).
Sabemos, e isso não é mérito de poucos, que na cultura judaica, nas lei dos hebreus, é inadmissível usar o nome de Deus em vão.
Imagine amaldiçoa-lo!.
Seria requere prá si, a condenação de morte por apedrejamento (Lv.24:11;16).
Na verdade, na tradução do referido versículo os copistas quiseram exprimir o real sentido da frase, já que, o texto levaria a está conotação.
Ocorre que no original hebraico da referida frase o verbo amaldiçoar não existe, sendo utilizado no original o verbo "barekh (abençoa)", antitético de amaldiçoar.
Como a bíblia se utiliza de figuras de linguagem, aqui observamos claramente o chamado eufemismo ( quando se lança mão de suavizar o peso conotador de outra palavra).
Portanto, não existe erro.
Existe sim, uma mau interpretação do que se lê, ou simplesmente a chamada teologia da repetição.
É bem verdade, que não podemos tratar a bíblia sob o prisma exclusivamente humano, pois a mesma é a palavra do Eterno, transcrita  por diversas pessoas sobre a orientação do Espirito Santo.

💡antes santificai em vossos corações a Cristo como Senhor; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós;
1 Pedro:3:15

Referência:

↪Bíblia Hebraica
Iyóhv 2
9) vatomer lo ishto odkha machazik betumatekha barekh elohim vamut:
10) vayomer eleha kedaber achat hanevalot tedaberi gam et-hatov nekabel meet haelohim veet-hara

🌷André Luiz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Cânon Muratori

  O Cânon de Muratori é o documento mais antigo que se tem a respeito do cânon bíblico do Novo Testamento, por ter sido escrito por volta do...